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Haddad: acabar com parcelamento sem juros não é solução para rotativo

Ideia foi aventada na semana passada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou hoje (14) seu apoio à continuação do parcelamento sem juros nas compras realizadas com cartão de crédito. Recentemente, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mencionou a possibilidade de restringir o uso dessa modalidade através de uma nova tarifa, uma medida que preocupa empresas e bancos.

Campos Neto propôs essa mudança como uma alternativa para lidar com as altas taxas aplicadas no crédito rotativo, considerado o tipo mais caro do país, com juros médios superiores a 437% ao ano.

"Não podemos perder de vista o varejo. Porque as compras são feitas assim no Brasil, então não pode mexer nisso", disse Haddad durante o podcast Reconversa, onde esteve acompanhado pelo jornalista Reinaldo Azevedo e pelo advogado Walfrido Warde.

De acordo com o ministro, embora os juros do crédito rotativo do cartão de crédito sejam uma preocupação, é necessário considerar outras alternativas. "Tem que proteger quem está caindo no rotativo, claro, tem que fazer alguma coisa por essa pessoa", afirmou Haddad. "Mas o sistema padrão de compra brasileiro hoje é esse [parcelamento]".

Gazeta Brasil

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