Em cerimônia realizada no Rio de Janeiro, o presidente Lula lançou o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que, para 2023, contará com uma injeção robusta de investimentos da Petrobras, no valor de R$ 323 bilhões.
O plano abrangente, apresentado pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, contempla desde a revitalização de campos petrolíferos históricos até a construção de novas plataformas e navios em diversos estados. "Vamos revitalizar estaleiros de ponta a ponta do país, do Rio ao Sul", afirmou Prates.
Um dos destaques é a transformação das refinarias tradicionais em biorrefinarias, iniciando por uma unidade histórica no Rio Grande do Sul, que produzirá produtos exclusivamente a partir de óleo vegetal. No setor de refino, a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, tem ambições de dobrar sua capacidade de processamento para 260 mil barris diários.
Além disso, a empresa se prepara para explorar nove poços na Margem Equatorial, aguardando licença do Ibama, e tem planos para aprimorar o escoamento de gás e edificar gasodutos em Sergipe e Alagoas. Parcerias internacionais com países como Bolívia e Argentina também estão no radar.
O Plano Estratégico 2023-2027 da estatal direcionou a escolha dos projetos que receberão os aportes. Além dos já citados, a empresa investirá em negócios emergentes, como hidrogênio verde e tecnologias de captura de carbono.
O compromisso ambiental se estende ao plano de descomissionar 26 plataformas nos próximos cinco anos, buscando sustentabilidade e segurança.
Sobre o PAC, vale recordar que sua primeira edição foi lançada em 2007 por Lula e objetivava sanar os déficits de infraestrutura do Brasil. Uma continuação, o PAC 2, foi lançada em 2011 com foco na infraestrutura social e urbana. Com o novo PAC, o desafio reside em aprender com erros passados, já que, segundo o TCU, o Brasil encerrou 2022 com mais de 8,6 mil obras paralisadas, resultado, em grande parte, de um planejamento inadequado.
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