O ex-diretor da Americanas, Marcio Cruz, não compareceu à audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga a fraude na varejista. O presidente da CPI determinou que a secretaria da comissão tome as medidas necessárias para a condução coercitiva. Cruz foi apontado em depoimentos na CPI como um dos responsáveis pelas fraudes bilionárias na Americanas, que superam 40 bilhões de reais.
Segundo a revista Veja, o executivo acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar comparecer à comissão. A defesa de Márcio Cruz alega que ele não foi notificado oficialmente a comparecer. Caso não seja derrubado pelo STF, o ex-diretor pede para ficar em silêncio, não ser conduzido coercitivamente e ter acompanhamento de advogado durante o depoimento. O pedido ainda aguarda distribuição a um dos ministros do STF.
"Sabendo do interesse do paciente em permanecer em silêncio para exercício da sua defesa, a ida do Sr. Marcio Cruz à CPI representaria apenas constrangimento público, considerando que a sessão (possivelmente) consistirá em um emaranhado de perguntas sem respostas, além dos custos da viagem e uma grande perda de tempo para os membros da comissão", afirma um trecho do pedido.
Caso o comparecimento obrigatório do ex-diretor da Americanas não seja derrubado pelo STF, o habeas corpus à Corte pede que ele possa ficar em silêncio, não seja conduzido coercitivamente a comparecer ou "submetido a constrangimentos físicos ou morais", seja acompanhado por advogado e possa abandonar a sessão "se for conveniente ao exercício do seu direito de defesa". O pedido ainda não foi distribuído a um dos onze ministros do STF.
Gazeta Brasil