O São Paulo Futebol Clube, apesar de contratações recentes como as de Oscar e Wendell, realizou cortes significativos na folha salarial em 2025. Essas medidas, incluindo vendas, empréstimos e dispensas de jogadores, visam atender às exigências do Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) e alcançar um superávit no final do ano.
A situação financeira do clube, no entanto, gera controvérsia. Parte do conselho deliberativo demonstra desconfiança em relação ao planejamento da diretoria, enquanto o São Paulo mantém silêncio oficial sobre o assunto.
Em reunião com conselheiros no Morumbi, o presidente Julio Casares discutiu o FIDC, a reforma do estádio e uma possível parceria com o investidor grego Evangelos Marinakis para a venda de jovens jogadores do Centro de Formação de Atletas Cotia. Protestos de torcedores por mais transparência ocorreram simultaneamente.
"Realizamos uma ótima reunião do conselho deliberativo. Muito obrigado pelo amplo apoio recebido pela grande maioria dos conselheiros. Esclarecer, realizar e avançar!" concluiu Julio Casares em publicação no Instagram.
Para atingir as metas fiscais, um teto de R$ 350 milhões foi estabelecido para o futebol. Embora comemorado pela gestão, internamente, a medida gerou preocupações. Apesar da aprovação do fundo de dívida por 185 votos a 40, a credibilidade do teto de R$ 350 milhões é questionada por alguns conselheiros, mesmo com a previsão de superávit de R$ 44,8 milhões no orçamento de 2024 (aprovado por 163 a 42 votos).
Críticos argumentam que essa previsão orçamentária depende de receitas instáveis, incluindo cerca de 20% provenientes da venda de jogadores, além de novos empréstimos ou antecipação de recebíveis do fundo - tudo isso com custos financeiros similares aos anos anteriores. A gestão Casares, contudo, acredita na viabilidade da projeção, apontando a redução de R$ 1,5 milhão na folha salarial mensal como exemplo de medidas de contenção de gastos.
Na reunião de terça-feira, conselheiros reclamaram da falta de informações novas além do que já havia sido divulgado na imprensa ou nas redes sociais pelo presidente. Perguntas foram feitas, mas as respostas foram consideradas superficiais. A reforma do estádio e o negócio com o CFA Cotia estão apenas em fase de "conversas", de acordo com Casares.
O clube busca aumentar a capacidade do Morumbi (atualmente com 66 mil lugares) até 2030, o ano do centenário. Embora um projeto da WTorre fosse esperado até o final de 2024, nenhuma informação foi divulgada. Quanto à parceria com Evangelos Marinakis, cuja fortuna é estimada em US$ 3,7 bilhões (R$ 23 bilhões) pela Forbes, não houve novidades significativas, segundo Casares.
A situação financeira do São Paulo permanece complexa, com a gestão de Julio Casares buscando equilibrar cortes com o desenvolvimento do clube. A dívida e os planos para o Morumbi e o CFA Cotia ainda geram incertezas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Créditos Infomoney