O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) enfrenta uma crise interna gerada por questionamentos sobre a criação do IBGE+, uma fundação de direito privado, alvo de críticas por parte de servidores.

A controvérsia se acirrou após questionamentos da deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP), após audiência pública em dezembro de 2024. A parlamentar questionou a utilização da sigla IBGE pela nova fundação.

Em meio à polêmica, o sindicato dos servidores do IBGE, a Assibge, teve sua atuação questionada pelo próprio instituto. Um documento, atribuído a Pochmann, mas sem sua assinatura, questiona a legitimidade do uso da sigla IBGE pela entidade sindical.

"Como se verifica, a atuação da Assibge não se circunscreve ao IBGE, estando qualificado como sindicato nacional, e atuando na defesa de toda uma categoria de servidores", diz o pedido. Procurador-chefe do IBGE.

O procurador-chefe do IBGE argumenta que a Assibge, por ser um sindicato nacional que representa trabalhadores de diversas instituições, não pode utilizar a sigla do IBGE.

A direção da Assibge rebate as acusações, classificando a ação do IBGE como antissindical e uma represália aos questionamentos sobre o IBGE+. O sindicato afirma que o IBGE+, apelidado de "IBGE paralelo" pelos funcionários, visa firmar parcerias e contratos com órgãos públicos e privados, nacionais e estrangeiros.

A questão central do conflito reside na utilização da sigla IBGE, com o procurador-chefe defendendo a legitimidade de seu uso pelo IBGE+, mas não pelo sindicato. O desgaste entre a gestão Pochmann e os servidores se acentuou com a criação desta fundação.

O imbróglio destaca a crescente tensão entre a administração do IBGE e seus servidores, com o sindicato denunciando a ação do instituto como uma medida repressiva.

A situação reforça a necessidade de transparência e diálogo para resolver o conflito e garantir a estabilidade institucional do IBGE.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Fonte: Revista Oeste