"Não vai ter descontinuidade [no Pé-de-Meia]. Isso, eu posso garantir. O que falei aos ministros é que todos os encaminhamentos estão sendo feitos para garantir a continuidade do programa", disse Haddad após voltar de reunião com o presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva; o ministro da Casa Civil, Rui Costa; e o ministro da Secretaria de Comunicação Social da PresidĂȘncia da RepĂșblica, Sidônio Palmeira. O encontro durou cerca de nove horas, na residĂȘncia oficial da Granja do Torto.
Na noite de quarta-feira (22), a AGU entrou com recurso no Tribunal de Contas da União (TCU) para pedir a reversão do bloqueio de R$ 6 bilhões do Pé-de-Meia que viriam de fundos pĂșblicos. Apesar disso, Haddad assegurou que o programa, que paga incentivos a estudantes do ensino médio pĂșblico inscritos no Cadastro Ănico para Programas Sociais do Governo Governo Federal (CadĂnico), pode continuar."Então vocĂȘ converse com o ministro da AGU [Jorge Messias]. O que eu penso é que vamos encontrar uma saĂda para fazer o pagamento", disse ao ser questionado sobre a previsão da Advocacia-Geral da União.
Sem a aprovação do Orçamento de 2025, advertiu a AGU, o Pé-de-Meia pode ser paralisado ainda este mĂȘs. Segundo o órgão, o saldo atual do Fundo de Custeio da Poupança de Incentivo à PermanĂȘncia e Conclusão Escolar para Estudantes do Ensino Médio (Fipem), administrado pela Caixa Econômica Federal e usado para custear o Pé-de-Meia, cobrirĂĄ apenas as despesas de dezembro.
No Ășltimo dia 17, o ministro do TCU Augusto Nardes assinou medida cautelar provisória que determinou o bloqueio de R$ 6 bilhões do Pé-de-Meia, após representação do Ministério PĂșblico junto à corte. Segundo a decisão, o pagamento aos estudantes não pode ser feito diretamente pelo fundo, mas deve passar pelo Tesouro Nacional e estar previsto na lei orçamentĂĄria, ainda não aprovada pelo Congresso.
Conforme a determinação do TCU, os recursos destinados ao programa devem ser bloqueados até que sejam regularizados no Orçamento Geral da União. O Ministério da Educação negou irregularidades e afirmou ainda não ter sido formalmente notificado da decisão. A pasta reiterou que todos os aportes ao fundo que custeia o programa foram aprovados pelo Congresso Nacional.
Fonte: EBC