O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou clara sua oposição à criação de um "dólar digital", ideia defendida por setores de sua administração. Em entrevista à Fox News, ele classificou a proposta como "muito perigosa" e alertou para possíveis consequências negativas, como o risco de o dinheiro dos cidadãos desaparecer de suas contas de forma repentina.
Trump, que já manifestou apoio ao uso de criptomoedas, inclusive lançando sua própria moeda digital, sustenta que um dólar digital daria ao governo poder excessivo sobre a economia e sobre a vida financeira dos americanos. Suas declarações coincidem com a fase de testes do Drex, o real digital brasileiro, que também enfrenta resistência de setores políticos.
No Brasil, a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) se posiciona contra o avanço do Drex, em desenvolvimento pelo Banco Central. Ela argumenta que as moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs, na sigla em inglês) representam uma ameaça à privacidade dos cidadãos e reforçam um controle desproporcional do Estado sobre a economia. Segundo a parlamentar, "não é apenas uma questão de dinheiro, mas de comportamento, deslocamento e ideologias".
O Drex já realizou sua primeira transação de teste em janeiro deste ano. Os defensores da iniciativa afirmam que o real digital trará mais segurança e eficiência às transações financeiras, além de expandir a inclusão financeira. Contudo, críticos, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, apontam os riscos de controle estatal e a possível exclusão daqueles que dependem de papel-moeda.
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