Nesta quarta-feira (22), a Venezuela voltou a fechar temporariamente sua fronteira com o Brasil em razão da realização dos exercícios militares denominados "Escudo Bolivariano". O bloqueio ocorre no trecho localizado em Pacaraima, ao norte do estado de Roraima, e marca a segunda vez em menos de um mês que a passagem entre os dois países é interrompida.
Monitoramento da Fronteira
A Polícia Militar de Roraima (PMRR), por meio da 1ª Companhia Independente de Polícia Militar de Fronteira (1ª CIPMFron), está monitorando a situação. Em nota oficial, a corporação declarou que "segue acompanhando a situação fronteiriça e quaisquer atualizações serão comunicadas oportunamente".
A última vez que a fronteira foi fechada ocorreu em 10 de janeiro, durante a posse de Nicolás Maduro para seu terceiro mandato presidencial. Na ocasião, o Brasil não reconheceu formalmente a legitimidade da reeleição de Maduro nem a de seu opositor.
Posicionamento do Itamaraty
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que o bloqueio foi decidido unilateralmente pelas autoridades venezuelanas, como parte de uma "medida de segurança durante exercícios militares rotineiros".
De acordo com o comunicado, as manobras devem ser concluídas até esta quinta-feira (23).
Impactos na Fronteira
Desde as primeiras horas desta quarta-feira, cones foram posicionados para bloquear o tráfego de veículos, caminhões e pedestres na área. A circulação entre os dois países foi completamente interrompida.
O bloqueio cria dificuldades para moradores e comerciantes locais que dependem do trânsito regular na fronteira.
Repetição do Fechamento
O recente fechamento da fronteira acontece menos de duas semanas após o bloqueio realizado no início de janeiro, durante a posse de Nicolás Maduro. Na ocasião, a interrupção foi igualmente atribuída a razões de segurança.
Esses bloqueios reforçam o clima de instabilidade na região fronteiriça e complicam as relações entre os dois países, especialmente em um momento em que a legitimidade do governo Maduro segue sendo questionada no cenário internacional.
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