As mudanças nas políticas da Meta – responsável por plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp – podem comprometer as parcerias firmadas pela empresa com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o combate às "fake news".
Fontes da Corte Eleitoral temem que a Meta, depois de anunciar o encerramento do seu programa de checagem de fatos e criticar os tribunais da América Latina, queira romper os convênios assinados com a Justiça brasileira.
Nas eleições do ano passado, por exemplo, a Meta criou uma ferramenta para divulgar mensagens informativas sobre o pleito e se comprometeu a adotar medidas para conter a desinformação durante a campanha.
Entre as medidas, estavam providências para identificar suspeitas de disparos de mensagens em massa, que são comuns via WhatsApp – uma prática que o TSE considera abuso de poder, apta a gerar a inelegibilidade do candidato.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já considerou a Meta uma das mais firmes colaboradoras do TSE – ele fez uma série de declarações públicas elogiando as providências da "big tech" para frear discursos de ódio.
O fim do serviço de checagem de notícias falsas em nome de uma suposta liberdade de expressão, como disse o dono da Meta, Mark Zuckerberg, é considerado um revés por ministros do TSE.
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