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Política

Vídeo: Gabriel Galípolo Desmente Daniela Lima Sobre Alta do Dólar


Tese de "Fake News" é Contestada por Futuro Presidente do Banco Central
Gabriel Galípolo, que assumirá a presidência do Banco Central (BC) em janeiro de 2025, refutou a tese da jornalista Daniela Lima, da GloboNews, nesta quinta-feira (19). Durante uma coletiva em Brasília sobre o relatório de inflação do quarto trimestre, Galípolo explicou que a recente alta do dólar não foi causada por uma "fake news", como sugeriu a apresentadora.

Daniela Lima Atribui Alta a "Fake News"
Na última terça-feira (17), Daniela Lima afirmou que a valorização da moeda norte-americana ocorreu devido a uma fake news divulgada por um perfil no Twitter/X. Segundo a jornalista, essa informação incorreta teria gerado instabilidade no mercado e levado à alta da moeda.

Galípolo Rebate Explicação Simplista
Para Gabriel Galípolo, a explicação de um "ataque especulativo" ou de uma ação coordenada não reflete a realidade do mercado atual. Ele declarou:

"Não é correto tentar tratar o mercado como um bloco monolítico, uma coisa só, coordenada", afirmou. "Mercado funciona geralmente com posições contrárias, tem alguém comprando e alguém vendendo. Quando o preço de ativo como o dólar se mobiliza em uma direção, têm vencedores e perdedores. Ataque especulativo não representa bem como o movimento está acontecendo no mercado hoje."

Banco Central Intervém no Mercado de Câmbio
Apesar das intervenções recentes do Banco Central, como a venda de dólares à vista e leilões de linha (empréstimos de curto prazo), o dólar atingiu R$ 6,30 na manhã desta quinta-feira, antes de recuar.

A alta da moeda acontece em um contexto de expectativa pela votação do pacote de cortes de gastos em tramitação no Congresso Nacional, o que gera incerteza sobre o cenário fiscal do país.

Campos Neto Explica Fatores da Alta do Dólar
O atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também comentou sobre a situação cambial. Ele explicou que o câmbio no Brasil é flutuante e que a valorização do dólar está relacionada a uma saída atípica de recursos neste fim de ano.

"Entendemos que começou a ter uma saída maior, atípica, no fim do ano", afirmou Campos Neto. "A parte de dividendos, remessas de empresas ao exterior, você consegue ver que está acima da média. Mas o lucro foi maior também, o que aumenta o fluxo."

Campos Neto destacou que o Banco Central possui reservas internacionais superiores a US$ 370 bilhões e está preparado para intervir se necessário. Além das saídas tradicionais de recursos por empresas, ele observou um aumento nas remessas de pessoas físicas.

agoranoticiasbrasil.com.br

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