Comentário durante o "Melhores do Ano" faz referência à detenção do general quatro estrelas
Durante a cerimônia do quadro "Melhores do Ano", exibida no programa Domingão neste domingo (15), o humorista Paulo Vieira ironizou a prisão do general da reserva Walter Braga Netto. Vieira, que declarou apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022, fez a piada ao falar sobre a presença de estrelas na premiação da Rede Globo.
"O Melhores do Ano, o programa com mais estrelas da TV brasileira. Não que isso queira dizer alguma coisa, né? O general tinha quatro estrelas e foi preso do mesmo jeito."
O comentário provocou gargalhadas do apresentador Luciano Huck e de parte da plateia, composta por convidados e funcionários da emissora.
Contexto da prisão de Braga Netto
O general Walter Braga Netto, de 64 anos, foi preso pela Polícia Federal no último sábado (14) em Copacabana, no Rio de Janeiro. Ele é acusado de envolvimento em uma suposta conspiração golpista para impedir a posse de Lula como presidente. Além disso, há suspeitas de que Braga Netto tentou obter informações sigilosas da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
Investigação e acusações
De acordo com o relatório da Polícia Federal, Braga Netto teria buscado informações por meio dos pais de Mauro Cid. O documento indica:
"Outros elementos de prova demonstram que Braga Netto buscou, por meio dos genitores de Mauro Cid, informações sobre o acordo de colaboração."
Mensagens revelam que o general Mario Fernandes, também indiciado, informou que os pais de Mauro Cid haviam entrado em contato com Braga Netto e o ex-ministro Augusto Heleno para negar o conteúdo da delação. Em uma troca de mensagens de 12 de setembro, Fernandes escreveu ao coronel reformado Jorge Luiz Kormann:
"Sobre a suposta delação premiada do Cid: a mãe e o pai dele ligaram para o Braga Netto e para o Augusto Heleno, informando que é tudo mentira!"
A delação de Mauro Cid foi homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 9 de setembro.
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