O Papa Francisco fez um apelo pela paz para todas as terras que circundam o mar Mediterrâneo durante uma visita à ilha francesa de Córsega neste domingo. O Papa participou do congresso "A religiosidade popular no Mediterrâneo" em Ajaccio e, posteriormente, se dirigiu à Catedral de Maria da Assunção para um encontro com religiosos.
Durante a oração do Ângelus, o Papa afirmou: "Agora rezemos à Virgem Maria. Nesta Catedral, dedicada a ela, Assunta aos céus, o povo fiel a venera como Padroeira, como Mãe de Misericórdia, a "Madunnuccia". Desta ilha do Mediterrâneo, elevemos a ela a súplica pela paz. Para todas as terras que circundam este mar".
Ele acrescentou: "Especialmente para a Terra Santa, onde Maria deu à luz a Jesus. Paz para a Palestina, para Israel, para o Líbano, para a Síria, para todo o Oriente Médio".
O Papa continuou: "E que a Santa Mãe de Deus obtenha a tão desejada paz para o povo ucraniano e o povo russo. A guerra é sempre uma derrota. Paz para o mundo inteiro!".
O Papa celebrará posteriormente uma missa na Place d"Austerlitz, onde se diz que Napoleão brincava quando criança. No final do dia, o Papa se reunirá no aeroporto com o presidente francês, Emmanuel Macron, que comparecerá apenas para este encontro e não participará dos demais eventos.
Oração pelas Vítimas de Chido
"Rezemos pelas vítimas do ciclone que atingiu o arquipélago de Mayotte nas últimas horas. Apoio àqueles que foram afetados por esta tragédia", disse o Papa durante a oração do Ângelus na catedral de Ajaccio.
As autoridades locais elevaram neste domingo para pelo menos 14 o número de mortos no arquipélago francês após a passagem do ciclone tropical Chido, que devastou parte dessas ilhas no sábado. As ilhas estão localizadas no sudeste do continente africano, nas águas do Índico.
Há pelo menos nove pessoas internadas em estado muito grave e 246 com ferimentos de diversas gravidades.
Este é um balanço provisório sobre o impacto do ciclone, o mais violento desde 1934 no arquipélago de cerca de 320.000 habitantes, que é também o departamento mais pobre do país.
O número, que corresponde apenas à capital Mamoudzou, foi comunicado pelo prefeito Ambdilwahedou Soumaila, que está em contato com o Centro Operacional Departamental, um órgão encarregado de gerenciar crises em departamentos da França sob a autoridade do delegado do governo.
As autoridades deixaram claro que o número é "muito provisório", pois os bairros de favelas ou habitações muito precárias, estimadas em cerca de 100.000 nas ilhas, foram praticamente destruídos pela força do ciclone, que chegou com rajadas de 220 quilômetros por hora.
(Com informações da EFE)