O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou na segunda-feira, 9, que o interminável inquérito das fake news, sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, será prorrogado em 2025.
Segundo o magistrado, havia a expectativa de que o inquérito pudesse ser concluído em 2024, mas precisou ser prolongado devido aos "eventos que foram se sucedendo".
"O inquérito das fake news se prolongou porque os eventos foram se sucedendo, vamos ter um mar ainda um pouco agitado ao longo do próximo ano", disse Barroso em conversa com jornalistas.
Eu tinha conversado com o ministro Alexandre de Moraes há um pouco mais de um mês atrás e era mais ou menos previsto que até o final desse ano todo o material estaria com o procurador-geral da República, com a perspectiva de no início do ano que vem isso chegar ao fim", acrescentou.
O "atípico" inquérito das fake news
Barroso afirmou que o inquérito das fake news, aberto em 2019, foi "atípico".
"O inquérito foi atípico, mas, olhando em perspectiva, foi necessário e indispensável pata enfrentar o extremismo no Brasil", afirmou.
A justificativa do presidente do STF é que "os fatos se multiplicaram" e as investigações, que miravam o extremismo, se desdobraram para os atos de 8 de janeiro e para a suposta tentativa de golpe de Estado.
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PGR
O presidente do STF disse ainda que os desdobramentos do inquérito das fake news que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seus ex-assessores e aliados já foram remetidos à Procuradoria-Geral da República, chefiada por Paulo Gonet.
"Mesmo que a PGR faça as denúncias no início do ano [de 2025], ainda teria que instruir todas as ações penais", afirmou.
"Acho que vamos ter ainda um ano lidando talvez não mais com inquéritos, mas com ações penais desses inquéritos", completou.
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