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Brasil

Fundador da 1ª milícia do Rio é preso por grilagem de terras


Foto: Rafael Campos/Governo do Rio de Janeiro

O ex-policial civil e ex-deputado estadual do Rio de Janeiro, Natalino José Guimarães, conhecido como Natalino, foi preso nesta terça-feira (10) juntamente com outras seis pessoas, acusado de grilagem em Armação de Búzios, na Região dos Lagos. A prisão preventiva foi decretada pela Justiça.

Os mandados foram expedidos pela Vara Especializada em Organização Criminosa da Capital e cumpridos em Búzios, Cabo Frio, Rio das Ostras e no Rio de Janeiro. Ao todo, 12 pessoas foram denunciadas por crimes como parcelamento irregular de solo urbano, danos ambientais e outros ilícitos no âmbito da Operação Nova Grilagem.

As investigações começaram após a comunicação de invasões de terras realizadas por grupos armados na região da Estrada da Fazendinha, em Búzios. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o grupo atuava desde 2020 utilizando práticas violentas e fraudulentas para ocupar e comercializar terrenos. A organização criminosa mantinha seguranças armados para intimidar moradores e proprietários, desmatava áreas protegidas e provocava queimadas na região.

As ações judiciais, mesmo sem decisões favoráveis, eram utilizadas como justificativa para a ocupação e comercialização dos terrenos. O grupo promovia invasões violentas, mantinha vigilância armada 24 horas nos locais ocupados e realizava o parcelamento e a venda dos terrenos. Em associação com uma empresa localizada em Campo Grande, na zona oeste do Rio, a organização loteava as áreas invadidas e as comercializava. Parte dos terrenos era doada a pessoas ligadas à milícia em troca de serviços de segurança.

Natalino já havia cumprido pena entre 2007 e 2018 junto com seu irmão, Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, também ex-policial civil e ex-vereador no Rio. Ambos são apontados como fundadores da primeira milícia do Rio de Janeiro, conhecida como Liga da Justiça, que operava na zona oeste da capital. A organização, cujo símbolo era um morcego, cobrava proteção das residências identificadas com a figura na fachada.

A Polícia Civil atribui à Liga da Justiça crimes como homicídios, extorsões e o controle do comércio irregular de água e gás. Jerominho foi assassinado em agosto de 2022, vítima de uma emboscada em Campo Grande, quando descia do carro que dirigia. O grupo, considerado a maior milícia do Rio de Janeiro, fazia referência a super-heróis de quadrinhos, utilizando como símbolo o escudo do personagem Batman.

Além de Natalino e Jerominho, a polícia aponta que o genro do ex-vereador, conhecido pelo apelido de Batman, também participou da fundação da Liga da Justiça. Ele está preso há anos em um presídio federal fora do estado, por envolvimento com a milícia.

Gazeta Brasil

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