O Itaú Unibanco demitiu o seu diretor de marketing (CMO, na sigla em inglês), Eduardo Tracanella, nesta semana, após descobrir que o executivo havia feito o uso indevido do cartão corporativo cedido pelo banco.
O executivo teria feito gastos pessoais com o cartão corporativo em algumas oportunidades. Os gastos, apesar de imateriais para o banco, representam uma quebra de confiança e teriam motivado a decisão de demissão por desvio de conduta.
As despesas pessoais do executivo foram detectadas em um processo chamado de "escaneamento", no qual o compliance verifica eventuais gastos e despesas para garantir que estejam dentro de suas políticas e diretrizes. Esse processo é feito de maneira corriqueira pelo banco, principalmente com os funcionários que detenham um cartão corporativo.
Após a detecção dos gastos indevidos feitos por Tracanella, uma investigação interna foi instaurada. Nenhuma outra irregularidade relacionada ao executivo foi encontrada. E apesar de o mal uso do cartão corporativo ser considerado uma quebra das regras de compliance, a ação não configura em crime.
Em nota oficial, o banco reiterou que o mau uso do cartão corporativo foi o único motivo do desligamento de Tracanella. Veja o posicionamento na íntegra abaixo:
"O Itaú Unibanco repudia as alegações infundadas de irregularidades de verbas publicitárias e reitera que atua de forma ética e íntegra como um dos maiores anunciantes do país com todos os seus elos da cadeia de comunicação. O banco confirma que o motivo do desligamento de seu executivo é única e exclusivamente o mau uso do cartão de crédito corporativo, sem prejuízos materiais à Instituição".
O banco ainda avalia quem deve entrar no lugar de Tracanella na diretoria de marketing. Até lá, a liderança da área fica diretamente com Sérgio Fajerman, diretor de pessoas, marketing e comunicação corporativa do Itaú.
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