Ao comentar o inquérito em torno da tentativa de golpe de Estado por integrantes do governo de Jair Bolsonaro (PF), que levou à cadeia militares conhecidos como "Kids Pretos", o diretor-geral da Polícia Federal (PF), delegado Andrei Rodrigues, buscou justificar o fato de o general Braga Netto, vice na chapa de reeleição de Bolsonaro e indiciado pela PF como um dos artífices do plano golpista, não ter sido preso preventivamente.
"Braga Netto não teve o pedido de prisão feito porque a PF não age com emoção, age com a lei", disse. "O presidente do inquérito entendeu que não estavam presentes, naquele momento, os requisitos para a prisão".
Em café da manhã com jornalistas, no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília (DF), nesta quarta-feira (4/12), Andrei falou sobre as prisões dos "Kids Pretos": "Na representação estão os argumentos técnicos e jurídicos, o colega [investigador] reporta o papel de cada um, os motivos pelos quais aquelas pessoas deveriam ser tiradas do convívio social. Isso não quer dizer que a equipe não tenha outras medidas contra os demais investigados".
O diretor da PF também falou sobre o policial federal preso juntos com os militares golpistas. E garantiu que ele não fazia parte da equipe de segurança do presidente Lula durante o encontro do G20 no Rio de Janeiro.
"Ele [o PF] tinha sido chamado para cuidar da segurança patrimonial dos chefes de Estado. Nessa condição, ele circulava em vários locais, incluindo o prédio do presidente Lula. Ele passou as informações para o pessoal da Abin. Só identificamos esse caso concreto. Cortamos na carne, responsabilizamos esse cidadão, vai responder administrativamente e criminalmente".
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