Durante café da manhã com jornalistas, no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília (DF), nesta quarta-feira (4/12), o diretor-geral da Polícia Federal (PF), delegado Andrei Rodrigues, comentou os indiciamentos de parlamentares por conta de discursos feitos nas tribunas do Congresso. Ele ressaltou que "não há direito absoluto, não há imunidade para cometer crimes". E arrematou: "Não adianta ficar lacrando para internet. Se tem crime, precisa ser denunciado".
"Imagina um pessoa ir para a tribuna da Câmara e vender cocaína, vender crianças, atacar a honra das pessoas. É crime, não é liberdade de expressão. Vamos fazer o que tivermos que fazer", observou.
Indiciado por conta de um discurso proferido na tribuna da Câmara, o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) desafiou Andrei a prendê-lo durante audiência na Câmara dos Deputados nessa terça-feira (2/12). "Fui chamado de prevaricador, mas parlamentar só pode ser preso em flagrante por crime inafiançável", afirmou o diretor da PF.
Andrei Rodrigues, no entanto, fez questão de ressaltar: "A imunidade parlamentar não é absoluta". "Não me cabe comentar a atitude de determinados parlamentares. Do lado da PF, vamos seguir fazendo o que fazemos a vida toda. Se tiver crimes, vamos apurar", concluiu.
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