Os Estados Unidos afirmaram, nesta quarta-feira (27), que o líder da oposição venezuelana Edmundo González Urrutia, atualmente exilado na Espanha, não pediu ajuda para regressar ao seu país, mas disse que "consideraria" se ele solicitasse.
– O governo dos Estados Unidos não recebeu nenhum pedido de assistência para seu transporte; nem participamos na sua saída da Venezuela nem fomos solicitados a fazê-lo – disse um alto funcionário do governo de Joe Biden.
Ele acrescentou:
– Se recebermos um pedido dele, iremos considerá-lo.
Também destacou que os Estados Unidos não reconhecem a autoridade do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e que, portanto, não estão "em contato" com seu governo para "este tipo de assuntos".
Washington reconhece González Urrutia como o "presidente eleito" da Venezuela, que está na Espanha e declarou a intenção de regressar ao seu país para assumir a Presidência em 10 de janeiro, data marcada para a tomada de posse de Maduro.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou nas eleições de 28 de julho a reeleição de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela, mas o órgão não publicou as atas com os resultados desagregados das eleições.
A Plataforma Unitária Democrática (PUD), principal coligação de oposição no país, por sua vez apresentou algumas atas que dão a vitória ao seu candidato, González Urrutia, que desde setembro está exilado na Espanha denunciando perseguições por parte das autoridades venezuelanas.
González Urrutia confirmou a intenção de viajar a Caracas para tomar posse no dia 10 de janeiro e sustentou que está "moralmente preparado" para sua eventual detenção na Venezuela.
*EFE