Durante uma sessão plenária, o decano do STF comentou as explosões na Praça dos Três Poderes que terminaram com um homem morto
Nesta quinta-feira, 14, o ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF) fez comentários sobre as explosões que ocorreram na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite anterior.
O decano da Corte afirmou que o caso "não é isolado", já que existe uma sequência de eventos históricos recentes que estão interligados. Na visão de Mendes, esses eventos são o resultado de uma "ideologia rasteira" que estaria causando instabilidade nas instituições.
De acordo com Mendes, o ato está associado ao 8 de janeiro. O juiz do STF viu ainda relação com a administração Bolsonaro.
"O discurso de ódio, o fanatismo político e a indústria de desinformação foram largamente estimulados pelo governo anterior", disse Mendes, durante sessão plenária no STF. "Fruto de um sectarismo infértil, o radicalismo político grassou nas eleições de 2018, em uma campanha caracterizada pela ampla utilização das redes sociais para difusão de ódio, ataques pessoais e fake news."
Mais críticas de Gilmar Mendes
Mendes afirmou que a radicalização política se intensificou em 2019, com a posse de Bolsonaro.
Assim, o discurso de ódio teria tornado o debate político tão extremo a ponto de "criminalizar a oposição", demonstrar "desprezo à alteridade" e realizar "ataques sistemáticos às instituições de controle que se uniram contra tais práticas, como a Justiça Eleitoral e a Suprema Corte".
"Símbolos e feriados nacionais foram sequestrados com objetivos eleitorais, a ponto de, em 2021, a comemoração do 7 de Setembro ter sido utilizada para realização de ameaças ao STF, incitando os cidadãos ao descumprimento de decisões judiciais", observou Mendes. As informações são da Revista Oeste.
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