A história do projeto "Hora do Colinho", que se tornou lei em
João Pessoa (Lei Municipal 14.308/2021), de autoria do vereador Marmuthe
Cavalcanti (Republicanos), está sendo contada durante exposição no Museu
Nacional de Enfermagem (MuNEAN), em Salvador, na Bahia, através de vídeo no
painel "O profissional de hoje: do Século 20 aos dias atuais". Também foi tema
de livro, intitulado: "A Hora do Colinho: além de um protocolo".
Lançada
durante a pandemia de Covid-19 na Paraíba, para acolher o grande número de
órfãos internados e recém nascidos com mães em Unidades de Terapia Intensiva
(UTIs), a iniciativa foi reconhecida como Protocolo Operacional Padrão (POP),
em parecer técnico do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), em julho de 2021,
e deu origem a várias outras leis e projetos de lei pelo Brasil. Já é lei na
Paraíba, Rio de Janeiro, Piauí, Acre e Mato Grosso; aguardando aprovação no
Distrito Federal, Maceió, Maranhão, Pernambuco e Tocantins; tramitando também
no Congresso Nacional.
"É
uma grande honra saber que uma lei de nossa autoria vem sendo referência para
proposituras em outras casas legislativas e eternizada nesta exposição do Museu
Nacional de Enfermagem. Inclusive, a "Hora do Colinho" é um procedimento que
traduz perfeitamente a essência da Enfermagem: cuidar da Saúde à luz das
melhores evidências científicas. Por isso, o Poder Público precisa garantir sua
implementação, e que outras técnicas inovadoras, humanizadas e alternativas
sejam fomentadas nas unidades de saúde, tornando o ambiente hospitalar mais
leve e apto a acolher com conforto e tranquilidade o público que dele
necessita, em especial, os bebês, que naturalmente já dispõem de maior
sensibilidade quanto a perturbações, sensações e dores", disse Marmuthe.
O vereador lembrou ainda que a "Hora do Colinho" foi um projeto
pioneiro desenvolvido na maternidade pública Frei Damião, em João Pessoa, pela
enfermeira Mariluce Ribeiro de Sá, e tem como principais objetivos:
proporcionar momentos de relaxamento e acolhimento para o recém-nascido;
diminuir o impacto da ausência materna/paterna ou familiar, o estresse e a
sensação de dor; como também proporcionar ao recém-nascido e/ou lactente um
cuidado mais humanizado e com condições que favoreçam a sua melhor recuperação.
"A
louvável iniciativa da enfermeira Mariluce, que deu origem à Lei 14.308/2021,
de nossa autoria, demonstra a qualidade técnica do corpo profissional do Estado
da Paraíba, que merece ser reconhecido e valorizado diante de tamanha dedicação
e cuidado com a saúde das pessoas. A "Hora do Colinho" já vem sendo aplicada
com sucesso, e esperamos que este protocolo seja institucionalizado e difundido
em todo o Brasil, beneficiando um número ainda maior de recém-nascidos",
comentou Marmuthe.
Por
sua vez, a enfermeira explica que a técnica melhora a respiração do bebê,
porque vai expandir sua caixa torácica e auxiliar o funcionamento do intestino
e do estômago ao ser movimentado. Além do mais, o recém-nascido se torna mais
receptivo ao toque em geral e tem mais facilidade para se relacionar. "Devemos
lembrar sempre que o toque será feito de forma terapêutica, para aliviar
estresse ou algum processo de dor no recém-nascido, e para o procedimento
acontecer ele precisa estar dentro dos requisitos da técnica", finalizou.
Marmuthe