A degradação florestal na Amazônia
Legal atingiu um nível sem precedentes em setembro de 2024, com uma área
devastada de 20.238 quilômetros quadrados. Este número é inquietante,
especialmente quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, em que a degradação
foi de 1.347 km², representando um aumento impressionante de 1.402%. Os dados
são alarmantes e sinalizam o maior dano ambiental registrado em um único mês
nos últimos 15 anos.
A degradação florestal consiste na
deterioração parcial da vegetação, diferentemente do desmatamento que consiste
na remoção total das árvores. Entre as causas dessa degradação estão as
queimadas e a extração de madeira, atividades que ameaçam a biodiversidade
local. Este fenômeno é particularmente crítico no mês de setembro, devido às
condições climáticas mais secas que favorecem os incêndios florestais.
Quais são as principais causas da
degradação florestal na Amazônia?
O aumento expressivo da degradação
florestal em 2024 tem como causas principais a intensificação das queimadas e a
seca severa que a região tem enfrentado. A atividade humana, especialmente
através do uso inadequado do fogo, tem sido um dos principais fatores que
contribuem para esta situação, conforme apontado por pesquisas de institutos
como o Imazon.
Além das queimadas, a extração de
madeira sem controle também desempenha um papel significativo na destruição das
florestas. Estas atividades são frequentemente praticadas em áreas como a do
estado do Pará, que, em setembro de 2024, concentrou 57% das áreas degradadas.
A falta de fiscalização e a impunidade para os responsáveis são problemas que
requerem soluções urgentes para evitar danos futuros.
Quais regiões são mais afetadas pela
degradação florestal?
Segundo os dados de 2024, o estado do
Pará é o mais afetado pela degradação florestal, seguido por Mato Grosso,
Rondônia e Amazonas. Municípios como São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte e
Novo Progresso se destacam negativamente neste cenário, apresentando altas
taxas de degradação. Estes locais são emblemáticos da crise enfrentada pela
floresta amazônica e representam um desafio para gestores e ambientalistas.
As terras indígenas também não ficam
isentas deste problema, com terras como a Kayapó apresentando 3.438 km² de
áreas degradadas, uma proporção significativa que compromete a biodiversidade
local e afeta o modo de vida das populações indígenas.
Qual o impacto do desmatamento na
Amazônia em 2024?
Além da degradação, o desmatamento na
Amazônia apresentou um aumento no mesmo período. Em setembro, 547 km² de
floresta foram desmatados, o que significa uma perda devastadora do ecossistema
local. Este aumento segue uma tendência crescente observada nos últimos meses,
interrompendo uma fase anterior de redução na devastação.
O desmatamento reflete-se
principalmente em áreas privadas e assentamentos, mas também afeta unidades de
conservação e terras indígenas. Estados como o Pará, Amazonas e Acre estão no
topo da lista em termos de desmatamento, demandando ações urgentes para sua
contenção.
Quais são as medidas necessárias para
mitigar a degradação e o desmatamento na Amazônia?
Para combater os desafios ambientais
na Amazônia, é fundamental implementar medidas eficazes que integrem a fiscalização
e responsabilização dos responsáveis pelos danos. O fortalecimento dos órgãos
de proteção ambiental e o investimento em tecnologias de monitoramento são
essenciais para impedir práticas ilegais.
Além disso, projetos que promovam a
recuperação das áreas degradadas e incentivem o uso sustentável dos recursos
naturais são estratégias importantes. Tais ações não apenas ajudam a preservar
a biodiversidade, mas também contribuem para a mitigação das mudanças
climáticas, protegendo as populações que dependem da floresta para sua
subsistência.
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