A busca por seminovos continua elevada em revendas de automóveis em todo o país. Segundo dados da Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores), no mês de maio foram comercializadas 1.274.333 unidades no Brasil, crescimento de 22,6% em comparação com abril, quando foram vendidos 1.039.256 veículos. O número é expressivo: no acumulado do ano foram 5.675.913 veículos vendidos frente aos 4.879.357 de 2022.
Em Minas Gerais foram 165.167 unidades comercializadas em maio, representando um aumento de 25,6% se comparado ao mês anterior, quando foram vendidos 131.497 veículos. No acumulado contabilizado até o momento, foram negociados 732.759 carros, dados que indicam alta de 26,9%, se analisarmos o mesmo período de 2022, quando foram comercializados 577.647. Já em Belo Horizonte, foram 43.768 automóveis vendidos, representando um aumento de 22,8% em relação ao mês de abril, em que foram comercializados 35.628 veículos. No acumulado do ano, a soma de 2023 chegou a 195.839, alta de 31,5% em relação aos 148.913 de 2022.
Entre os modelos mais vendidos em Minas Gerais, o Gol da Volkswagem assumiu a liderança com 10.524 unidades comercializadas no mês de maio. Em segundo lugar, ficou o Fiat Uno com 7.780, enquanto o Fiat Palio garantiu a terceira posição com 7.294 carros vendidos. Na capital do estado, a ordem foi invertida: o Palio liderou com 2.039, seguido pelo Gol com 1.997 e o FIAT Uno com 1.834 carros.
"Passamos por momentos de muita incerteza e mesmo com o desabastecimento dos microchips estimulando a procura por seminovos nos últimos anos, a tendência era uma estabilidade nos números. O aumento de mais de 26% nas vendas no acumulado do ano, representam a força e estabilidade deste mercado," conta o presidente da Assovemg (Associação dos Revendedores de Veículos do Estado de Minas Gerais) Glenio Junior.
No último dia 25 de maio, o governo federal anunciou uma medida que prevê a redução dos impostos dos carros populares em até 10,96%. O desconto, que vai variar de 1,5% a 10,96%, leva em conta critérios como o valor atual do veículo, a emissão ou não de poluentes e se a produção ocorre em território nacional. Segundo o vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, "quanto menor o carro, mais acessível e maior será o desconto". A decisão, que deve entrar em vigor em 15 dias, prazo para adequar a regras fiscais, é transitória e com o objetivo de aquecer o setor de novos emplacamentos com preços inferiores.
A medida pode impactar positivamente o setor como um todo, trazendo competitividade e reduzindo os preços dos carros no também no mercado de seminovos. Para analistas, este efeito pode ser rápido, assim que o valor dos veículos novos começarem a baixar. Dessa forma, segundo a Fenauto, o segmento de seminovos deve ter um aumento na demanda de compradores, em busca de boas oportunidades de negócios.
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