O ex-presidente Jair Bolsonaro está se aproximando ainda mais da campanha de reeleição de Ricardo Nunes à prefeitura de São Paulo. Com a popularidade em alta entre a direita, Bolsonaro decidiu aumentar sua participação na campanha, contribuindo com inserções no horário eleitoral e marcando presença em agendas de rua ao lado de Nunes.
A estratégia visa consolidar o apoio do eleitorado bolsonarista na capital paulista, onde a base conservadora é significativa. As inserções no horário eleitoral terão como foco destacar a parceria entre Bolsonaro e Nunes, reforçando a narrativa de continuidade nas políticas que alinham com os valores defendidos pelo ex-presidente.
Além disso, Bolsonaro deve participar ativamente de eventos públicos, caminhadas e encontros com eleitores, fortalecendo ainda mais a imagem de Nunes como o candidato que representa os ideais bolsonaristas em São Paulo.
Essa movimentação sinaliza a importância que Bolsonaro dá à eleição municipal na maior cidade do país, enxergando em Nunes um aliado estratégico para a expansão de sua influência política em nível local.
Agendas
A nova conjuntura forçou o ex-presidente Jair Bolsonaro a se envolver na campanha de Ricardo Nunes, mesmo já tendo admitido que o prefeito não é o seu "candidato dos sonhos". Além de gravar inserções para o horário eleitoral gratuito, Bolsonaro participará de uma agenda do prefeito na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Ricardo Mello Araújo, ex-presidente da Ceagesp e candidato a vice na chapa de Nunes, também participará.
Na semana passada, Bolsonaro lançou uma ofensiva contra o ex-coach nas redes sociais, compartilhando em seu canal oficial no WhatsApp um vídeo reunindo diversos momentos em que Marçal o critica. No Instagram, o ex-mandatário também ironizou um comentário do candidato. Marçal escreveu: "Pra cima, capitão. Como você disse: eles vão sentir saudades de nós". Bolsonaro respondeu com sarcasmo: "Nós? Um abraço".
Aliados do ex-presidente sustentam que o crescimento de Marçal nas pesquisas não apenas acendeu um alerta sobre uma possível derrota de Nunes em São Paulo como fez Bolsonaro perceber que Marçal pode representar um risco para seu projeto político de 2026, já que tem conseguido atrair o eleitorado bolsonarista mesmo sem o apoio do ex-presidente.
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