Desde que Magda Chambriard, apoiada pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, assumiu a presidência da Petrobras, a estatal passou por 17 mudanças em suas gerências-executivas, o último nível técnico na hierarquia da empresa, ampliando a influência do Partido dos Trabalhadores e de sindicatos. Segundo a Folha de S.Paulo, três das novas posições foram preenchidas por pessoas ligadas à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e uma por um integrante do PT, enquanto as demais foram ocupadas por funcionários de carreira da estatal.
Entre os nomeados ligados à FUP, estão William Nozaki e Rodrigo Leão, que assumiram cargos na diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade, e Eduardo Costa Pinto, que ficou à frente da gerência-executiva de Exploração e Produção. Nozaki, que foi assessor de Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, e Leão, que presidia uma subsidiária da Petrobras, chegaram aos novos cargos já com experiência em postos de liderança na estatal. O PT também conseguiu posicionar Wellington Cesar Silva, ex-assessor jurídico da Casa Civil, na advocacia-geral da Petrobras.
Além disso, Chambriard nomeou Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete da ex-presidente Dilma Rousseff, como seu assessor especial em Brasília. Azevedo, que trabalhou com Dilma desde o Ministério de Minas e Energia até o impeachment em 2016, foi uma das escolhas estratégicas de Chambriard, que já havia sido diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Em resposta às mudanças, a Petrobras declarou que "a formação de equipes, com eventuais trocas de gestores, faz parte da dinâmica do processo de gestão de pessoas" e afirmou que os indicados foram selecionados com base em análises rigorosas de integridade, capacidade de gestão e experiência na área de atuação.
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