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Petrobras anunciou um prejuízo de R$ 2,605 bilhões no segundo trimestre deste
ano, marcando a primeira perda trimestral da companhia desde o terceiro
trimestre de 2020. Esse resultado contrasta significativamente com o lucro
líquido de R$ 28,7 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior.
Sob a nova liderança de Magda Chambriard, que assumiu o cargo de
diretora há dois meses, o resultado financeiro divulgado surpreendeu analistas
e distanciou-se das expectativas do mercado, que projetava ganhos entre R$ 11
bilhões e R$ 14 bilhões para o trimestre. Este prejuízo é o primeiro em quase
quatro anos, sendo que o último ocorreu em meio aos impactos econômicos da
pandemia em 2020.
O balanço da estatal foi fortemente afetado por um acordo
bilionário com o governo para encerrar litígios tributários relacionados ao
afretamento de embarcações, além de variações cambiais que refletiram a
desvalorização do real no período. Apesar dos desafios contábeis, a empresa
anunciou a distribuição de dividendos e uma redução na previsão de
investimentos.
Fernando Melgarejo, diretor financeiro e de Relacionamento com
Investidores da Petrobras, destacou que o resultado do trimestre foi
influenciado por eventos sem impacto direto no caixa, como as variações
cambiais e os ajustes de transações entre empresas do sistema Petrobras. Ele
ressaltou a importância da transação tributária que, apesar de impactar o
resultado contábil, foi vista positivamente pelo mercado por resolver
incertezas significativas relacionadas ao caixa da companhia.
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