O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já sinalizou ao presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que o apoio do PL ao candidato de Lira à sucessão
está condicionado à garantia de que os dois estarão juntos na disputa de 2026.
O PL tem com 95 deputados. Ou seja, tem poder para desequilibrar o jogo.
Apesar de já ter se reunido com todos os pré-candidatos, Bolsonaro sinaliza
preferência pelo líder do União Brasil, Elmar Nascimento (União Brasil-BA),
próximo ao presidente da Câmara.
Arthur Lira quer decidir um nome para a disputa no próximo mês. A
costura também passa pelo Palácio do Planalto, que terá poder de veto sobre as
indicações. Em entrevista recente à CNN, Lira indicou que busca unidade em
torno da escolha.
"Hoje, nós temos três grandes nomes para a disputa da Presidência da
Câmara em 2025, e três grandes nomes do mesmo grupo e bloco político – eu tive
o voto dos três nas duas eleições que disputei", disse.
A despeito da sucessão, o futuro de Lira ainda é incerto. No Planalto, a
indicação do presidente da Câmara a uma vaga na Esplanada dos Ministérios é
toda como improvável. Aliados ventilam a possibilidade de Lira assumir uma
Comissão robusta em 2025, a exemplo da CCJ, por onde passam todos os projetos
submetidos à Casa.
Para 2026, Arthur Lira deve se candidatar ao Senado, que terá duas vagas
abertas, sendo uma disputada pelo seu arquirrival, o senador Renan Calheiros
(MDB-AL), aliado de primeira hora de Lula.
Eleições 2026
Bolsonaro ainda evita indicar um candidato. Segundo aliados, o ex-presidente
não quer "queimar" uma carta antecipadamente. Ele ainda acredita ser possível
reverter decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que o tornou inelegível.
O PL, no entanto, tem feito pesquisas. E, segundo integrantes do
partido, elas indicam a preferência da população pelo governador de São Paulo,
Tarcísio de Freitas (Republicanos).
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