Banco Central divulga déficit primário
Em junho de 2024, o setor público consolidado do Brasil, que inclui a União,
estados e municípios, experimentou um déficit primário considerável,
registrando um déficit de R$ 40,9 bilhões. Isso representa uma pequena melhoria
em comparação com o mesmo mês de 2023, quando o déficit foi de R$ 48,9 bilhões.
Na segunda-feira (29/7), o Banco Central (BC) divulgou os números. O
déficit primário é significativo porque exclui o pagamento de juros,
proporcionando uma visão mais transparente das finanças públicas e de sua
sustentabilidade.
O setor público consolidado registrou um déficit primário em junho de
2024, que se divide em várias partes. O déficit de R$ 40,2 bilhões foi a
contribuição do governo central, enquanto as empresas estatais tiveram um
déficit de R$ 1,7 bilhão. Por outro lado, os governos regionais, compreendendo
estados e municípios, registraram um superávit de R$ 1,1 bilhão.
Deve-se destacar que, ao longo de um ano, o setor público registrou um
déficit de R$ 272,2 bilhões, o que corresponde a 2,44% do Produto Interno Bruto
(PIB). Tal montante indica uma diminuição de 0,08 ponto percentual em
comparação ao déficit acumulado nos 12 meses até maio.
A Métrica conhecida como Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) é
fundamental para compreender a condição financeira do país. Em junho de 2024, a
DLSP atingiu 62,1% do PIB, correspondendo a R$ 6,9 trilhões. Houve um
crescimento deste indicador de 0,1 ponto percentual no mês.
Durante o ano de 2024, houve um aumento de 3,4 pontos percentuais na
dívida bruta em relação ao PIB, sendo notáveis a inclusão de juros nominais, a
emissão líquida de dívida, a desvalorização cambial e o impacto do crescimento
do PIB nominal.
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