A ministra do Planejamento, Simone
Tebet, afirmou em entrevista ao programa Bom dia Ministra da EBC (Empresa
Brasileira de Comunicação) que o governo, sob a determinação do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, está comprometido a não gastar mais do que arrecada,
compromisso que será refletido no orçamento de 2025.
"Temos um compromisso com o país, por
determinação do presidente, da equipe econômica, de não gastar mais do que se
arrecada", afirmou Tebet. "O Brasil não pode seguir devendo porque isso tem
impacto muito grande na vida das pessoas. Um país que entra anos seguidos
gastando mais do que arrecada compromete juros, compromete inflação, impacta
dólar e isso significa preços mais caros para a vida das pessoas", explicou a
ministra.
Tebet não detalhou o que pode ser
contingenciado na avaliação das receitas e despesas do terceiro bimestre deste
ano, considerando o crescimento dos gastos acima da arrecadação. No entanto,
ela mencionou o pente-fino nos benefícios sociais como uma estratégia de
economia no orçamento do próximo ano, citando a revisão do Bolsa Família
realizada no ano passado.
"Fizemos um filtro e conseguimos,
entre aspas, economizar 12 bilhões de reais", disse Tebet. "E não é para
economizar: uma parte foi para outras políticas públicas, parte foi para
resolver esse problema do déficit fiscal, mas grande parte desse dinheiro foi
para repor políticas públicas que tinham sido abandonadas e puxar fila",
elucidou a ministra sobre como se economiza "entre aspas".
No ano passado, o governo conseguiu
excluir 1,73 milhão de famílias "unipessoais" do pagamento do auxílio, segundo
informações do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e
Combate à Fome.
Apesar das medidas de contenção, a
ministra celebrou o maior investimento federal na história do Bolsa Família,
com a maior média de beneficiários e de valor médio. De acordo com nota da
Secom (Secretaria de Comunicação Social), o valor médio mensal pago aos
beneficiários praticamente dobrou no período.
Hora Brasilia