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PT aumenta ofensiva contra Campos Neto e o acusa de usar BC como bunker para sabotar o país


BRASÍLIA – O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) reforçou a ofensiva contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e subiu o tom das críticas ao acusá-lo de usar a instituição como um "bunker" (esconderijo bem protegido) para sabotar o país. O discurso é igualmente duro quando parte da presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR) que o acusa de jogar contra o governo.

Reunida na quinta-feira (18), a direção do PT aprovou uma resolução política onde credita a Campos Neto alguns dos problemas enfrentados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o ajuste da economia no Brasil. O economista foi indicado ao cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e tem mandato até 31 de dezembro de 2024.

"Cabe ao partido manter a pressão por juros mais baixos até a saída do Banco Central do bolsonarista Roberto Campos Neto, que tem utilizado a autarquia como uma espécie de "bunker para a sabotagem econômica" do país e plataforma de articulação político-partidária", afirma um trecho da resolução.

Em outra parte, os petistas atribuem à melhora da aprovação de Lula nas pesquisas depois que ele passou a criticar a "política de arrocho monetário" executada por Campos Neto e denunciar os "efeitos destrutivos" dos juros sobre o poder de compra das famílias.

"Seja pelos relatórios eivados de suspeitas do Boletim Focus sobre as projeções da inflação no país, seja por entrevistas recheadas de "dicas" ao sistema financeiro, ou por convescotes com um político de oposição ao governo, Campos Neto tornou-se o maior entrave ao crescimento do país", afirma a direção do PT.

A ofensiva foi reforçada pela presidente da legenda Gleisi Hoffmann. Em seu perfil no X ela acusa Campos Neto de jogar contra o governo ao agir com rigor onde não deveria e flexibilizar em causa própria.

"O presidente bolsonarista do tal BC "autônomo", que se apresenta tão rigoroso com as contas do governo (exceto com a dos juros da dívida, que ele faz explodir sem dó), quer liberdade total para gastar o dinheiro público. Pela PEC da nova "autonomia", o BC ficaria imune às regras do orçamento, "independente" das consequências do resultado fiscal, contratando sem concurso e fixando salários fora do teto constitucional. Não é mesmo uma graça?", escreveu ela.

agoranoticiasbrasil.com.br/

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