O petista declarou ainda que Jair
Bolsonaro obrigou o prefeito a aceitar a indicação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que participou neste sábado da
convenção que oficializou Guilherme Boulos (PSOL) como candidato à prefeitura
de São Paulo, disparou contra a campanha de Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito
e pré-candidato à reeleição. De acordo com o presidente, Nunes teve que
"engolir" o indicado do ex-presidente Jair Bolsonaro para vice.
O presidente afirmou que "Bolsonaro fez
ele (Nunes) escolher um candidato a vice que era quase que um ditador da
Ceagesp, tratando mal as pessoas, proibindo o sindicato de funcionar". Ricardo
Mello Araújo, que já comandou a Rota e presidiu a Ceagesp, foi uma indicação
pessoal de Jair Bolsonaro para a chapa, onde o apoio estava condicionado à
escolha do militar da reserva.
Dentro da campanha de Nunes, o nome não
era bem aceito e a confirmação demorou a acontecer. Na verdade, essa escolha
pode ter feito o prefeito perder o apoio do União Brasil, que, descontente com
o nome, está considerando outras opções. A ideia de lançar Milton Leite como
pré-candidato já foi discutida.
Por outro lado, Lula insistiu em ter
uma foto de Boulos ao lado de três ex-prefeitos da capital que apoiam sua
candidatura. Fernando Haddad, ex-ministro da Fazenda, Marta Suplicy, candidata
a vice, e Luiza Erundina (PSOL). "Para defender Boulos, temos de mostrar foto
de quem está com ele e quem não está" disse o petista.
Lula repetiu que vive seu "melhor
momento na terra" e que Boulos vai contar com seu apoio "em qualquer momento".
"Quero que os adversários saibam que
você é meu candidato, quero que meus apoiadores saibam que você é meu candidato",
– afirmou.
Pedindo foco na disputa, o petista
disse que, com a vitória de Boulos "poderemos dizer que extrema direita não
voltará a governar neste País".