Um projeto que prevê a instalação
de bancos vermelhos em praças e outras áreas públicas aguarda a sanção do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para virar lei.
De acordo com a proposta, os assentos vão conter mensagens de
reflexão e informações sobre canais de ajuda e denúncia de feminicídio – que é
o assassinato de uma mulher em razão do sexo feminino.
A proposta de autoria da deputada federal Marília Arraes
(Solidariedade-PE) foi aprovada no plenário do Senado na última quarta-feira
(10).
Inspiração internacional
A ocupação urbana "Banco Vermelho" foi incluída na campanha
"Agosto Lilás", que marca o mês de proteção à mulher.
A iniciativa dos bancos foi inspirada em uma campanha
internacional que teve início em 2016, na Itália, e foi trazida para o Brasil
por Andrea Rodrigues e Paula Limongi.
As duas mulheres tiveram amigas assassinadas pelos companheiros.
Ações previstas
Além de inserir a iniciativa do Banco Vermelho no âmbito da
campanha já existente, a proposta ainda prevê:
· a realização de ações de capacitação em lugares de grande
circulação;
· a premiação dos melhores projetos relacionados à conscientização,
enfrentamento da violência contra a mulher e reintegração da vítima.
Aumento do número de
crimes
Antes de ser aprovado em plenário, o projeto passou pela Comissão
de Educação e Cultura do Senado. Na comissão, teve parecer favorável da
senadora Jussara Lima (PSD-PI).
A senadora lembra que, desde a tipificação do
feminicídio, em 2015, o número de registros desse crime vem aumentando,
segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Apenas em 2023, foram
1.463 vítimas em todo o país.
"As estatísticas de violência contra a mulher no Brasil são
assustadoras. O projeto tem o potencial de complementar as medidas existentes e
ainda oferece mais frentes de atuação para a campanha de conscientização e
prevenção da violência contra a mulher", afirmou Jussara.
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