O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva defendeu medidas para controlar o preço dos alimentos, destacando a
importância de tornar itens básicos mais acessíveis. Em entrevista à Rádio O
Tempo, Lula afirmou que a picanha e o feijão já estão mais baratos, mas
ressaltou a necessidade de reduzir o preço de todos os produtos da cesta
básica, mencionando especificamente um novo leilão de arroz.
Após a suspensão do primeiro leilão,
o governo prepara uma nova licitação para a compra de um milhão de toneladas de
arroz, a ser vendido a 20 reais o pacote de 5 quilos. "Eu decidi importar um
milhão de toneladas de arroz porque vi no supermercado um saco de arroz de 5
quilos a 36 reais. Não é possível, depois estava a 33. Não é possível, um saco
de arroz de 5 quilos tem que estar 22, 23 reais, tem que estar de acordo com o
poder aquisitivo do povo mais humilde", disse Lula.
O presidente também afirmou que tudo
que faz parte da cesta básica não deveria ser tributado. Ele criticou a atual
taxa de juros de 10,5%, classificando-a como "irreal", e expressou esperança de
mudança com a indicação de um novo presidente para o Banco Central que seja
responsável.
Além disso, Lula comentou sobre a
dívida dos estados, mencionando que aguarda a definição do Tesouro Nacional
para negociar as dívidas. Ele pretende se reunir com o senador Rodrigo Pacheco,
presidente do Congresso, e posteriormente com os governadores. O presidente
destacou que os estados devem oferecer contrapartidas à União e criticou a
situação de Minas Gerais, que deve 170 bilhões de reais. "Não pode ficar sem
pagar 170 bilhões de reais e ganhar como prêmio o "não pagamento'", afirmou.
Lula também aproveitou a entrevista
para criticar o governo anterior, acusando-o de ser "só lero-lero, xingamento e
fake news". Ele reiterou seu compromisso com políticas que beneficiem a
população mais humilde e assegurem a acessibilidade dos alimentos básicos.
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