Diego Falcão afirma que seu afastamento da Seleção Brasileira feminina
de basquete se tratou de uma censura. O preparador físico foi dispensado após
algumas atletas protestarem contra posts de Falcão se posicionado como
pró-vida.
Em entrevista exclusiva ao Pleno.News nesta quinta-feira (27), Falcão
diz que, embora não saiba se existe de fato censura no esporte, no caso dele
esse é o termo apropriado.
– Eu não sei se existe [censura no esporte]. Eu não sei se existe. O que
aconteceu foi uma censura, fato. Eu não sei se foi um caso pontual ou se haverá
uma regra, entendeu? – declarou.
– Mas no esporte não pode ter censura. O esporte
eu até falei no meu
post, porque você coloca o mesmo uniforme, você coloca a mesma camisa, porque
dentro de uma equipe não tem classe social, religião, onde você cresceu, qual é
a cultura, no que você acredita, onde você vivenciou. Não tem nada. Quando você
coloca um uniforme, você pode ver que estão todos iguais. Por quê? Porque
aquilo ali representa apenas um objetivo que você está fazendo. No caso da
gente, o basquetebol do Brasil feminino – continuou.
O afastamento de Diego da Seleção Brasileira feminina de basquete se deu
no último dia 22 de junho. Ele soube primeiramente pela imprensa, e apenas na
noite do mesmo dia foi contatado pela Confederação Brasileira de Basquete
(CBB). No telefonema, a diretora da entidade, Roseli Gustavo, informou que ele
estava sendo desligado devido ao "clima" que ele criou.
As jogadoras Clarissa dos Santos e Damiris Dantas, duas das principais
da equipe, se manifestaram publicamente contra o preparador físico em suas
redes sociais e o caso foi levado à CBB. Outras atletas também foram ouvidas
antes da decisão final.
Diego Falcão fazia parte da comissão técnica da Seleção feminina desde
2019, tendo ingressado junto com o técnico José Neto, com quem já havia
trabalhado na Seleção masculina de basquete do Brasil, no Flamengo, no Japão e
em Angola.
José Neto, inclusive, pediu demissão do cargo de técnico da Seleção
nesta quinta, em apoio a Falcão.
Confira a entrevista completa:
Por Pleno News