No último sábado, uma multidão se
reuniu em Palmas, Tocantins, para ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro
discursar sobre o estado atual do país. Em meio a uma atmosfera de fervor
político, Bolsonaro comparou seu governo ao atual, enfatizando diferenças na
política tributária e na relação com o povo.
Bolsonaro, conhecido por sua retórica
franca e direta, não poupou críticas ao governo atual, destacando a política de
aumento de impostos que contrasta com a sua gestão, caracterizada pela
diminuição da carga tributária. Em seu discurso inflamado, ele declarou: "Não aguentamos
mais pagar impostos! O atual governo quer fazer ajuste tributário aumentando
impostos. Isso não vai dar certo!"
O ex-presidente também aproveitou a
oportunidade para tecer comentários sobre seu sucessor, Luiz Inácio Lula da
Silva, insinuando que este não mantém o mesmo contato próximo com o povo como
ele fazia. "Estamos vendo um presidente sem povo. Algo aconteceu! Pra mim,
teria sido mais fácil estar do lado de lá. Mas eu estaria traindo a minha
consciência e aqueles que me acompanham há décadas", afirmou Bolsonaro.
Relembrando os feitos de seu governo, Bolsonaro enfatizou a importância da liberdade econômica e da redução de impostos para o desenvolvimento do país. Ele reconheceu o papel crucial do setor privado na geração de empregos, criticando o excesso de burocracia estatal. "Quem cria empregos não é o governo, são vocês. Um país não pode andar se seus quadros de servidores estiverem inchados", pontuou.
Ao comparar os resultados financeiros de
seu governo com os do governo atual, Bolsonaro ressaltou a importância da
responsabilidade fiscal. Ele destacou que seu governo deixou um superávit
significativo, enquanto o governo atual enfrenta déficits crescentes. Essa
diferença, segundo ele, reflete uma cultura de gasto irresponsável e falta de
confiança na atual gestão.
Além disso, Bolsonaro ironizou as
acusações feitas contra ele, mencionando os casos envolvendo jóias, baleias e
cartões de vacina. Ele comparou essas acusações infundadas com o passado
controverso de Lula, sugerindo que o histórico pessoal de cada líder político
pode fornecer insights sobre seu futuro desempenho.
Entretanto, o discurso de Bolsonaro
também abordou questões mais sérias, como a perseguição política enfrentada por
seus apoiadores e pela mídia conservadora. Ele denunciou a condução de
inquéritos e o confisco de recursos financeiros de veículos de comunicação
conservadores, como a Folha Política. Essas ações, segundo ele, representam uma
ameaça à liberdade de expressão e à democracia.
A Folha Política, um dos alvos dessa
perseguição, tem sido particularmente afetada, com sua sede invadida e
equipamentos apreendidos por ordem judicial. Mesmo após o arquivamento do
inquérito por falta de provas, a empresa continua enfrentando dificuldades
financeiras devido ao bloqueio de seus recursos.
Diante desse cenário, Bolsonaro fez um
apelo à solidariedade, incentivando aqueles que apoiam o trabalho da Folha
Política a contribuir financeiramente. Ele forneceu informações sobre como
fazer doações, incluindo um código QR e detalhes bancários para transferências.
O discurso de Bolsonaro em Palmas,
Tocantins, ecoou além das fronteiras do evento, gerando debates acalorados
sobre o estado atual da política brasileira e os desafios enfrentados pela
mídia independente. Enquanto seus apoiadores celebravam suas palavras, críticos
questionavam suas motivações e acusações. No entanto, uma coisa ficou clara: o
legado político de Bolsonaro continua a influenciar o cenário nacional,
moldando o discurso público e polarizando opiniões.
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