Líder argentina criticou classe política por
manter privilégios enquanto o país enfrenta déficit orçamentário
O presidente argentino, Javier Milei, fez um pedido à Administração Nacional de
Seguridade Social (Anses), a entidade previdenciária do país, para ser removido
da lista de ex-presidentes elegíveis para pensão vitalícia, no futuro. O Anses
aceitou o seu pedido e Milei anunciou que se submeterá ao sistema de
previdência geral.
"Venho por meio desta manifestar a
minha decisão inabalável de não exercer o direito à aposentadoria privilegiada
conferida pelo regime de benefícios mensais vitalícios previsto no artigo
primeiro da Lei nº 24.018", diz uma carta de Milei enviada à presidência da
Anses, que respondeu de forma afirmativa, segundo o jornal Clarín.
No mesmo projeto que propõe uma "nova
fórmula previdenciária" que Milei jurou vetar, a sugestão de acabar com as
aposentadorias para ex-presidentes e ex-vice-presidentes da Argentina não
conseguiu avançar em uma votação na Câmara dos Deputados.
Na carta à Anses, Milei escreveu que
"os acontecimentos ocorridos ontem no Honorável Congresso da Nação" mostram que
"a nossa classe política está mais preocupada em manter os seus privilégios
delirantes do que em trabalhar para reverter o modelo que fracassou no último
século".
O presidente alegou que, "depois de a Argentina ter vivido durante décadas as consequências desastrosas do gasto público desenfreado", é "imperativo que os líderes políticos deem o exemplo e adotem medidas concretas para conter o déficit orçamentário".
As informações são do Diário do Poder.