A SpaceX, empresa de foguetes do
bilionário Elon Musk, fez nesta quinta-feira (6) o primeiro voo bem-sucedido da
Starship, a maior espaçonave do mundo.
O voo durou cerca de uma hora e
terminou com o pouso no Oceano Índico, como já era previsto pela empresa. Parte
da nave se quebrou no retorno à atmosfera, danificando até mesmo a câmera usada
pela empresa para transmitir o voo.
"Apesar da perda de muitas peças e de
um flap danificado, a Starship conseguiu pousar suavemente no oceano. Parabéns
à equipe da SpaceX pela conquista épica", escreveu Musk no X, antigo Twitter.
A empresa também conseguiu fazer um pouso bem-sucedido do propulsor (a parte
debaixo do veículo espacial) no Golfo do México sete minutos após o lançamento.
Na tentativa anterior, a de maior êxito até então, o propulsor não chegou a
fazer um pouso como planejado.
Este foi o quarto lançamento da
Starship. O voo não teve passageiros, ainda que a nave seja planejada para
transportar pessoas para a Lua e Marte no futuro.
A empresa tem conseguido evoluir em
seus experimentos com a Starship. O terceiro voo, em março, foi o mais
bem-sucedido até aqui: a nave se separou do foguete e ficou perto de completar
o retorno para a Terra, mas, 50 minutos após decolagem, a empresa perdeu
contato com o veículo.
Segundo a companhia, o objetivo dos
testes práticos é obter o máximo de informações para construir um sistema de
transporte criado para, no futuro, transportar pessoas e cargas para a órbita
terrestre, a Lua e Marte, por exemplo.
A Starship será usada em voos de carga
do programa Artemis, série de missões que a Nasa, a agência espacial americana,
planeja para levar humanos de volta à Lua, a partir de 2026.
A nave também será usada para turismo espacial, mas uma das missões que já
estava programada foi cancelada. O bilionário Yusaku Maezawa cancelou o projeto
em que viajaria com artistas convidados por conta de atrasos da SpaceX.
No primeiro lançamento, a nave explodiu quando ainda estava acoplada ao
foguete. Uma falha nos motores fez a empresa acionar um sistema de destruição
para explodir o foguete, conhecido como Super Heavy.
No segundo, em novembro de 2023, o
Super Heavy explodiu, mas logo depois de se separar da nave. Na ocasião, a
empresa também informou que perdeu o contato com a Starship.
A Administração Federal de Aviação dos
Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês), que regulamenta voos espaciais no
país, investigou o acidente e afirmou que a SpaceX identificou a necessidade de
realizar 17 correções na nave.
O terceiro voo aconteceu em março,
quando a Starship conseguiu operar por cerca de 50 minutos. O veículo também
foi destruído, mas a empresa considerou esse teste um avanço porque nunca tinha
ido tão longe neste tipo de teste.
Segundo a SpaceX, o foco do quarto voo
é demonstrar a capacidade de retornar e reutilizar a Starship e o Super Heavy.
"Para conseguir isso, várias atualizações de software e hardware foram feitas
para aumentar a confiabilidade geral e abordar as lições aprendidas com o
terceiro voo", diz a empresa.
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