O volume de celulares vendidos ilegalmente no Brasil mais que dobrou em
apenas um ano. Segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e
Eletrônica), entidade que representa fabricantes como Samsung, Apple e
Motorola, a quantidade de aparelhos irregulares passou de 8% do mercado total
no país em 2022 para 25% no último trimestre de 2023. Foram 6,2 milhões de
telefones vendidos de maneira ilegal contra 3,5 milhões de unidades em 2022,
crescimento de 77%.
Os celulares (90%) são comercializados geralmente em grandes marketplaces. Se esse ritmo persistir, estima-se que os smartphones irregulares
cheguem a 30% de participação nas vendas neste primeiro semestre de 2024. O
fenômeno em pauta não apenas prejudica a economia nacional – já que houve a
perda de R$ 4 bilhões em arrecadação de impostos federais somente em 2023 –,
mas também representa uma ameaça à segurança e à qualidade dos produtos
adquiridos pelos consumidores.
O preço mais atrativo dos aparelhos contrabandeados muitas vezes seduz
aqueles que buscam economizar para ter em mãos modelos top de linha. No
entanto, um dos principais problemas em cena é a incerteza quanto à
procedência. Esses dispositivos frequentemente não passam pelos rigorosos
padrões de controle de qualidade impostos pelas autoridades regulatórias, o que
pode resultar em produtos defeituosos, inseguros e até mesmo nocivos à saúde
dos usuários. Além disso, a falta de suporte pós-venda e de garantias torna os
consumidores vulneráveis a prejuízos financeiros e frustrações.
Empresas confiáveis
Diferentemente de organizações ou vendedores desconhecidos,
que podem não atestar a procedência do aparelho, estabelecimentos confiáveis
proporcionam aos consumidores a tranquilidade necessária para desfrutar de seu
dispositivo sem preocupações. Além disso, comprar em lojas consolidadas não
apenas assegura a qualidade do smartphone, como também proporciona uma série de
benefícios adicionais.
Serviços agregados
Ainda ao escolher uma loja com boa reputação, o cliente tem acesso
a serviços agregados, como seguros contra roubo, perda, quebras, defeitos,
líquidos e danos à tela, sem custo adicional. Essa abordagem vai além de
uma simples transação comercial, oferecendo uma experiência completa e ainda
mais segura ao consumidor.
Diante do crescente aumento do mercado cinza de smartphones, é
fundamental a conscientização sobre a importância de priorizar a procedência na
hora de adquirir um celular. Optar por marcas reconhecidas e estabelecidas no
mercado, que seguem as regulamentações e garantem a qualidade de seus produtos,
é essencial para garantir uma experiência satisfatória e segura.
Importante ainda ressaltar que o combate ao contrabando de celulares não
é apenas uma responsabilidade das autoridades e empresas do setor, mas também
dos próprios consumidores. Ao comprar produtos legais e fiscalizados,
contribui-se para o fortalecimento da economia, a proteção dos próprios
direitos e a promoção de um ambiente de negócios ético e transparente.
*Tatiany Martins é vice-presidente
comercial e marketing da Pitzi, empresa
que oferece proteção e seguro para smartphones no Brasil em parceria com
varejistas e fabricantes – pitzi@nbpress.com.br.