Apesar do discurso público de que "deu
a lógica" no resultado desastroso da análise de vetos do presidente Lula (PT) e
de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), pelo Congresso nesta terça-feira (28),
nos bastidores, aliados do governo expressam irritação e cobram uma reorganização
na relação do Planalto com os partidos aliados.
A situação está sendo acompanhada de
perto pela mídia, como evidenciado pela GloboNews em tom de "desespero",
destacando os desafios enfrentados pelo governo Lula. A jornalista Daniela Lima
descreveu a derrota como uma verdadeira "surra".
Siglas como União Brasil, Republicanos
e MDB, que têm ministros no governo, foram decisivas para impor derrotas
significativas a Lula.
Em resumo, a maioria das pautas para as quais o Planalto solicitou a manutenção
do veto foi derrubada. E aquelas que o governo desejava derrotar, como a
decisão de Bolsonaro de acabar com a punição pela divulgação de fake news em
massa durante as eleições, foram aprovadas pelo Congresso.
Aliados do presidente da Câmara, Arthur
Lira (PP-AL), afirmam que o resultado já era esperado, dada a desorganização do
governo na articulação política.
Elementos fundamentais para lidar com
as relações com o Congresso têm sido negligenciados. Em votações importantes, é
comum designar ministros para irem ao plenário, fazerem corpo a corpo com
deputados e senadores, ou usar a possibilidade de exonerar temporariamente
ministros com mandato na Câmara ou no Senado, apenas para a votação dos vetos.
Nada disso foi feito. Além disso, os suplentes de alguns desses ministros
votaram contra o governo.
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