Milei lançou: "Hoje, ele (Sánchez) é motivo de piada na Europa em questões diplomáticas". Durante uma reunião no domingo em Madri, com líderes de extrema-direita organizada pelo partido espanhol Vox, ele se referiu à esposa de Sánchez, Begoña Gómez, como uma "mulher corrupta", sem mencioná-la diretamente. No final de abril, a Justiça espanhola abriu uma investigação preliminar contra Gómez por suspeitas de tráfico de influência e corrupção, mas o Ministério Público pediu o encerramento do caso pouco depois.
As declarações de Milei provocaram a Espanha a exigir um pedido de desculpas e a chamar de volta sua embaixadora em Buenos Aires. Yolanda Díaz, a número três do governo Sánchez, acusou o presidente argentino de disseminar "ódio", enquanto o ministro dos Transportes, Oscar Puente, sugeriu que ele consumia drogas em seus discursos.
"Ele mandou os ministros dele me atacarem, nem teve coragem de fazer isso. Depois, com o revés que recebeu o ministro dos Transportes, ele covardemente mandou mulheres me atacarem, para tentar enquadrar isso em uma questão de misoginia", continuou Milei em uma entrevista à TV.
O presidente argentino voltou a definir Sánchez como "um incompetente, um mentiroso, um covarde". A intensa troca de acusações entre Madri e Buenos Aires tornou-se a pior crise diplomática do governo do líder argentino de extrema-direita, que já teve confrontos com os líderes da Colômbia, Venezuela e México. Em seus quase seis meses no cargo, Milei difamou quase todos os líderes de esquerda da região.
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