Condenado a 30 anos de prisão pela morte da filha, Isabella, Alexandre
Nardoni deve deixar a prisão nesta segunda-feira (6) após a Justiça conceder
progressão para o regime aberto. Ele está há 16 anos detido na Penitenciária II,
em Tremembé, no interior de São Paulo.
A decisão foi publicada nesta segunda-feira (6) e é assinada pelo juiz
José Loureiro Sobrinho, que apontou que Nardoni "mantém boa conduta carcerária,
possui situação processual definida, cumpriu mais de 1/2 do total de sua pena,
e encontra-se usufruindo das saídas temporárias, retornando normalmente ao
presídio, teve o Relatório Conjunto e Avaliação com parecer favorável".
Ainda segundo a decisão, apesar do parecer desfavorável do Ministério
Público de São Paulo, que fez um novo pedido na Justiça para que o preso
realize outro exame psicológico, "não há óbice à progressão devido à gravidade
do delito".
Ao ser solto, Nardoni, contudo, ainda terá que cumprir uma série de
requisitos, são eles:
· Comparecer trimestralmente à Vara de Execuções Criminais competente ou à
Central de Atenção ao Egresso e Família para informar sobre suas atividades;
· Obter ocupação lícita no prazo de 90 dias;
· Permanecer em sua residência durante o repouso, no período compreendido
entre 20h00 e 06h00, salvo com autorização judicial;
· Não mudar da Comarca sem prévia autorização do juízo;
· Não mudar de residência sem comunicar o juízo;
· Não frequentar bares, casas de jogo e outros locais incompatíveis com o
benefício conquistado.
Relembre o caso
O assassinato de Isabella Nardoni, crime de grande repercussão que
chocou o país, aconteceu no dia 29 de março de 2008, quando a menina de apenas
cinco anos foi jogada pelo pai e pela madrasta da janela de um apartamento na
capital. Isabella caiu do sexto andar do apartamento onde morava o casal
Nardoni, no Edifício London. Para a justiça , porém, não foi uma queda
acidental, mas sim um homicídio. A menina foi agredida e, depois, arremessada.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/