Por diferentes motivos, deputados do PT estão na bronca com o comandante
da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, e também com uma medida adotada pelo Exército
Brasileiro.
No caso do almirante Olsen, a irritação é porque o militar tem atuado
para evitar que João Cândido, líder da Revolta da Chibata, em 1910, entre no
livro de "Heróis e Heroínas da Pátria". Já a irritação com o Exército ocorre
por conta de uma contrato bilionário que beneficiará uma empresa de Israel,
como revelou a coluna em 24 de abril.
Vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá afirma que o Brasil
não deveria importar material bélico de empresas de Israel, uma vez que Lula e
o premier Benjamin Netanyahu já trocaram farpas sobre a guerra envolvendo a
Palestina na Faixa de Gaza.
O petista é apoiado por parlamentares do PSol, PDT e PCdoB, que defendem
o fim dos contratos com companhias israelenses e a escolha de empresas sediadas
em países aliados como França, Itália, China e Estados Unidos. Ministro da
Defesa, José Múcio tem defendido a manutenção dos contratos, que seguiram as
normas previstas de concorrência pública.
A bronca com o almirante
Já o comandante da Marinha, Marcos Olsen, enviou uma carta à Câmara argumentando
que homenagear João Cândido seria passar o recibo de que foi correto pegar em
armas para pôr fim à prática de açoitamento que vitimava marinheiros que
desagradassem a superiores hierárquicos.
O movimento de Olsen foi criticado abertamente pelo deputado Lindbergh
Farias e, nos bastidores, pelo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.
Para eles, o levante armado foi mais que necessária para cessar a prática de
tortura. Procurado pela coluna, Silvio Almeida preferiu não se pronunciar
publicamente.
Segundo o jornalista Bernardo Mello Franco, do Globo, o almirante deu um
tiro n"água com a carta, uma vez que a proposta da homenagem deverá ser
aprovada sem dificuldades no Congresso Nacional.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/