A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta
quarta-feira (18), a operação Tríplice Autonomia, que investiga fraudes em
licitação do Ministério da Saúde à época da pandemia de covid-19. A suspeita é
de superfaturamento. Os contratos eram com empresas de atendimento telefônico
automatizado pré-clínico, com valores estimados em R$ 190 milhões.
Foram cumpridos oito mandados de busca
e apreensão em quatro unidades federativas: Distrito Federal, Rio Grande do
Sul, Santa Catarina e São Paulo. No total, a força-tarefa mobilizou 35 agentes
federais.
Os valores "extras" podem chegar a R$
80 milhões, além de R$ 46 milhões com sobreposições de objetos (quando
transações financeiras online ou em documentos digitais são mascaradas com
dados falsos).
Outras operações da PF, também em 2024,
miraram contratos celebrados durante a pandemia. Em março, a operação Vírus
mirou supostas irregularidades em hospitais de campanha para pacientes com
covid-19. A suspeita é de que tenham ocorrido desvios de verbas públicas em
contrato de R$ 1,6 milhão.
Já na investigação Janus, também em
março, apurou-se esquema de fraude e superfaturamento de licitações
emergenciais para compra de equipamentos de combate à crise da doença no Rio de
Janeiro.
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