No âmbito das investigações sobre a fuga histórica registrada na Penitenciária
Federal de Mossoró, a facção criminosa carioca Comando Vermelho (CV) quis
passar uma mensagem aos integrantes do grupo, sobretudo aos então fugitivos
Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento.
Ao fornecer apoio logístico, escolta, armas e dinheiro, os líderes
destacaram que "quem está com eles não será abandonado".
A fuga durou 51 dias e cessou nessa quinta-feira (4/4), durante ação da
Polícia Federal (PF) em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em
Marabá (PA).
Prisão
A localização dos dois fugitivos ocorreu na cidade de Marabá, no interior do
Pará, após investigação da PF no âmbito da Força Integrada de Combate ao Crime
Organizado (Ficco). A ação foi realizada na BR-222, com o apoio da PRF.
A partir das ações de inteligência como estratégia de recaptura, as
investigações da PF indicaram que a dupla havia conseguido chegar até a Região
Metropolitana de Belém (PA) e tinha planos de deixar o país.
Na quinta (4/4), a PF verificou que um comboio com três veículos iniciou
deslocamento pela estrada que vai de Belém a Marabá, levando os fugitivos.
Diante dos fatos, os policiais federais abordaram os carros utilizados pelos
indivíduos na ponte sobre o Rio Tocantins.
Além dos dois fugitivos, foram detidas mais quatro pessoas, suspeitas de
integrarem a rede de apoio dos criminosos. A polícia também apreendeu um fuzil
calibre 5,56mm, os veículos e os celulares. O local da prisão fica a 1.600
quilômetros de Mossoró.
Os fugitivos foram conduzidos à delegacia de Polícia Federal em Marabá e
transferidos na madrugada desta sexta (5/4) para a Penitenciária Federal de
Mossoró. Os demais presos foram encaminhados ao sistema penitenciário do Pará.
As investigações da Polícia Federal seguem para apurar as circunstâncias
da fuga e identificar todos os envolvidos na rede de apoio.
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