Os investidores estão atentos aos indicadores de dinamismo da economia para
calibrar as apostas sobre o fim do ciclo de cortes da taxa básica de juros no
Brasil. Nesta sexta-feira, 15, o mercado deve contrabalançar os fortes dados do
varejo divulgados no dia anterior com os número do volume de serviços.
A expectativa é de que o setor apresente retração de 0,4% em janeiro, na
comparação com dezembro do ano passado, quando a atividade avançou 0,3%. Na
leitura anual, o consenso dos economistas consultados pela Bloomberg aponta um
avanço de 1,8% contra -2,0% do dado anterior.
A aceleração da atividade econômica pode ser um dos elementos a compor a
posição, atualmente majoritária, dos investidores de que o Copom (Comitê de
Política Monetária) pode encerrar o ciclo de queda com a Selic a 9,5% ao ano,
como indica a precificação da curva de juros.
Além disso, a surpresa com a pressão inflacionária ao produtor nos
Estados Unidos também contribuiu pra pressionar a curva de juros americana, o
que acabou por se refletir nas previsões por aqui. Nesta sexta-feira, 15, dados
das expectativas de inflação para os próximos anos divulgados pela Universidade
de Michigan podem afetar a expectativas para os juros americanos novamente.
Desde o início do mês, os investidores têm movimentado a precificação do
primeiro corte, que chegou a estar em maio, para o segundo semestre.
No cenário corporativo, a Petrobras divulgou comunicado na noite de
quinta-feira, 14, reafirmando que não há decisão ou data definida para
distribuição de dividendos extraordinários. Durante o dia, circularam notícias
na mídia de que a companhia teria sinalizado que parte dos recursos seriam
pagos até outubro deste ano.
No campo das commodities, os contratos de minério de ferro com
vencimento em abril fecharam a primeira parte da sessão em Singapura abaixo de
100 dólares, o preço mais baixo para o contrato mais negociado desde agosto do
ano passado, e devem influenciar negativamente as ações de mineradoras em
geral.
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