Comparação
do débito governamental entre Estados Unidos e Itália / Apollo Global
Management/Reprodução
Possível impacto
De
acordo com o economista-chefe da Apollo, Torsten Sløk, se os EUA continuarem na
trajetória fiscal prevista pelo Escritório de Orçamento do Congresso dos
Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês), "aumentam os riscos de que a
classificação (o rating) dos EUA seja desvalorizada ainda este ano".
Se
confirmado um rebaixamento do rating americano, a maior economia do mundo
perderia a classificação "AAA" entre as três principais agências de
classificação.
No
ano passado, a Fitch Ratings rebaixou a classificação do país de "AAA" para
"AA+".
Atualmente,
apenas a Moody"s – entre as três principais agências – mantém a classificação
dos EUA como "AAA". No entanto, em agosto do ano passado, a agência estabeleceu
uma perspectiva "negativa" para o país. Já no S&P Global, a nota da
economia americana é classificada também como "AA+".
"A
governança fiscal dos Estados Unidos está se deteriorando bastante, eles estão
tendo uma crise atrás da outra", afirmou o ex-analista do Federal Reserve Alex
Lima.
Segundo
Lima, desde a pandemia, cerca de 25% do fluxo de caixa do governo americano é
de dívida, sendo que nas últimas duas décadas essa média era de menos de 10%. O
governo, em sua avaliação, não consegue arrecadar o suficiente em comparação
com os gastos.
Projeção do governo
O
CBO prevê que o déficit fiscal dos Estados Unidos crescerá para cerca de US$ 1
trilhão ao longo dos próximos 10 anos, em mais um alerta de que a dívida
pública americana continuará a trajetória ascendente à frente.
No
relatório de perspectivas para a década, o CBO projeta que o déficit subirá de
US$ 1,6 trilhão no ano fiscal de 2024 para US$ 2,6 trilhões em 2034. Em
proporção ao Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa é de que haja um
aumento de 5,6% ao pico de 6,1% em 2025, antes de escolher a 5,2% em 2027 e
retornar a 6,1% em 2034.