O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve uma mudança em sua equipe de defesa com a renúncia do advogado Marcelo Bessa aos casos em que o representava. Luciana Lauria Lopes, advogada que já trabalhou com Bolsonaro durante seu mandato presidencial, assume a responsabilidade em pelo menos 13 processos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF).
Bessa, ligado ao PL e defensor do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, optou por não comentar sua saída. A substituição ocorre em um momento delicado, marcado por restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que limitou a comunicação entre os investigados da Operação Tempus Veritatis, incluindo Bolsonaro e Valdemar.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) reagiu à decisão de Moraes, solicitando a revogação da medida que afeta diretamente as defesas dos investigados.
Luciana Lauria Lopes não é uma figura nova para o ex-presidente. No final de seu governo, Bolsonaro a indicou para um cargo na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), uma nomeação posteriormente vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Apesar da troca para casos no STF, Bolsonaro mantém Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser como advogados nos processos criminais, incluindo as investigações sobre as joias sauditas e a suposta tentativa de golpe.
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