O chefe da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres(Foto),
anunciou que um funcionário da entidade, acusado de participação no ataque do
Hamas em 7 de outubro, foi assassinado.
O indivíduo era funcionário da "Agência das Nações Unidas de Assistência
e Obras aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo" (UNRWA, na sigla em
inglês).
Conforme Guterres, dos 12 empregados da agência implicados nos "atos
terroristas", 9 foram dispensados e outros 2 ainda estão sob investigação.
O secretário-geral comunicou neste domingo, 28, que "Qualquer
funcionário da ONU envolvido em atos de terror será responsabilizado, inclusive
através de processo criminal".
Funcionários da ONU
Guterres, contudo, solicitou que os países persistam em prover suporte
financeiro à UNRWA, uma agência que sustenta 2 milhões de residentes da Faixa
de Gaza que, conforme suas palavras, necessitam da "ajuda crucial" para a
"sobrevivência diária".
O secretário-geral enfatizou que o financiamento atual da agência "não
lhe permitirá cumprir todos os requisitos para os apoiar em fevereiro".
Após o desligamento dos nove empregados da UNRWA, nove nações interromperam
o aporte financeiro à principal agência da ONU em Gaza.
"Os alegados atos repugnantes destes funcionários devem ter
consequências", disse Guterres. "Mas as dezenas de milhares de homens e
mulheres que trabalham para a UNRWA não devem ser penalizados."
Quase a totalidade do orçamento da agência provém de doações voluntárias
de Estados-membros da ONU. De acordo com o site da organização, em 2022, as
contribuições somaram US$ 1,2 bilhões (R$ 5,7 bilhões).
Neste ano, os maiores contribuintes individuais da agência foram Estados Unidos, Alemanha, União Europeia e Suécia, fornecendo 61% do seu financiamento global.
As informações são da Revista Oeste.