Um terremoto de magnitude 7,0
atingiu a fronteira entre a China e o Quirguistão na madrugada desta
terça-feira (23), informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O
tremor ocorreu na cordilheira de Tian Shan, uma região sismicamente ativa com
numerosos deslizamentos de terra em zonas de falhas.
O epicentro do terremoto foi localizado na região chinesa de
Xinjiang, a uma profundidade de 13 km. As autoridades chinesas informaram que
duas casas desabaram e que aproximadamente 200 equipes de resgate foram
enviadas ao epicentro. A autoridade ferroviária de Xinjiang suspendeu a
circulação de dezenas de trens na região e isolou os trechos afetados.
O terremoto também foi sentido em Bishkek, capital do Quirguistão,
e em Almaty, maior cidade do Cazaquistão. Em Bishkek, as pessoas fugiram de
suas casas para se refugiar nas ruas. Em Almaty, os cidadãos também saíram às
ruas, mas as autoridades não relataram vítimas ou danos graves.
O USGS alertou para a
possibilidade de vítimas, embora nenhuma tenha sido imediatamente relatada na
zona montanhosa e rural onde ocorreu o terremoto. "É provável que ocorram danos
significativos e a catástrofe pode espalhar-se", afirmou o serviço dos EUA no
seu relatório.
Este terremoto ocorre um dia depois de um deslizamento de terra
ter soterrado dezenas de pessoas e causado pelo menos oito mortos no sudoeste
da China. Em dezembro, um terremoto no noroeste do país causou 148 mortes e
deslocou milhares de pessoas na província de Gansu.
Nos últimos 100 anos, conforme detalhado pela agência científica
dos EUA, apenas três terremotos de magnitude superior a 6,5 ocorreram nesta
área; O maior deles, de magnitude 7,1, foi registrado em março de 1978, cerca
de 200 quilômetros ao norte do país.
(Com informações da AFP e AP)