Dois membros da Marinha dos EUA, que desapareceram durante uma operação para apreender armas iranianas destinadas aos terroristas houthis no Iêmen, foram declarados mortos após uma busca de 10 dias não conseguir localizá-los, informou o exército dos EUA neste domingo (21).
O Comando Central (CENTCOM) havia afirmado anteriormente que os dois SEALs, dados como desaparecidos no mar, participaram da operação em 11 de janeiro, na qual as forças de operações especiais abordaram uma embarcação à vela, conhecida como dhow, na costa da Somália, apreendendo componentes de mísseis fabricados no Irã.
"Lamentamos anunciar que, após 10 dias de busca intensiva, nossos dois SEALs da Marinha dos EUA desaparecidos não foram localizados e seu estado foi alterado para falecidos", disse o CENTCOM em comunicado.
"A operação de busca e resgate dos dois Navy SEALs dados como desaparecidos durante a abordagem de um dhow ilícito que transportava armas convencionais avançadas iranianas foi concluída, e agora estamos conduzindo operações de recuperação", acrescentou o texto.
O CENTCOM descreveu a captura dos componentes dos mísseis como "a primeira apreensão de armas convencionais avançadas letais fornecidas pelo Irã aos houthis desde o início dos ataques a navios mercantes em novembro de 2023".
Naquele mês, os terroristas começaram a atacar navios no Mar Vermelho, alegando que estavam vinculados a Israel, em apoio aos terroristas do Hamas.
O Irã, que tem armado, treinado e financiado os houthis, intensificou os fornecimentos de armas à milícia após a guerra em Gaza, desencadeada quando terroristas do Hamas atacaram Israel em 7 de outubro.
Teerã forneceu drones avançados, mísseis de cruzeiro antinavio, mísseis balísticos de precisão e mísseis de médio alcance aos houthis.
Comandantes do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC) do Irã e do grupo libanês Hezbollah estão em solo no Iêmen, ajudando a dirigir e supervisionar os ataques dos houthis à navegação no Mar Vermelho, conforme revelado pela Reuters.
Os EUA e o Reino Unido realizaram ataques contra dezenas de alvos rebeldes no início deste mês, e desde então as forças dos EUA interceptaram vários mísseis que, segundo Washington, estavam prontos para serem lançados e representavam uma ameaça tanto para navios civis quanto militares.
Aproximadamente 12% do comércio mundial normalmente passa pelo Estreito de Bab al-Mandeb, a entrada do Mar Vermelho entre o sudoeste do Iêmen e Djibuti, mas os ataques rebeldes causaram o desvio de grande parte do transporte marítimo ao redor da África.
Com informações da AFP e Reuters