Durante audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (18), a Justiça de Minas Gerais determinou a conversão da prisão provisória para preventiva do homem suspeito do assassinato de Ana Luiza Gomes, de 12 anos, encontrada sem vida no passeio de uma rua no bairro Bela Vitória, na região nordeste de Belo Horizonte.
A decisão foi proferida pela juíza Juliana Miranda Pagano, que destacou que as imagens não corroboram a versão apresentada pelo suspeito. Além disso, frascos de loló, mencionados pelo indivíduo como possível causa da morte da vítima, não foram encontrados em sua residência. A perícia constatou resquícios de outros entorpecentes, e o médico do SAMU identificou rigidez no queixo da vítima, indicando que a morte ocorreu antes do atendimento.
A Justiça considerou também o histórico criminal do suspeito, identificado como Davi Santos, que já responde a ações penais por tráfico de drogas e estupro de vulnerável. Em novembro de 2023, ele foi preso em flagrante por tráfico de drogas, com a prisão convertida em preventiva, sendo posteriormente liberado em dezembro do mesmo ano. A juíza justificou que esses fatores fundamentaram a necessidade da conversão da prisão provisória em preventiva, visando a garantia da ordem pública.
Ana Luiza foi encontrada morta na calçada de uma rua na tarde de terça-feira (16). Imagens de câmeras de segurança registraram a chegada da menina à residência de Davi Santos às 10h13. Às 13h30, o suspeito foi filmado deixando o corpo de Ana na calçada. O SAMU atestou o óbito minutos depois. O homem, que possui histórico de estupro de vulnerável, alega que a vítima teria usado drogas, versão contestada por familiares e pela psicóloga da garota. A Polícia Civil investiga possíveis abusos sexuais e a causa da morte.
Gazeta Brasil